A ilustração, a fotografia e a infografia assumem papéis decisivos na construção de um jornal. As imagens revestem-se de extrema importância, fundamentalmente as que trilham os rumos da fotografia digital, bem como o campo da infografia – uma espécie de discurso através de imagens que compõem uma narrativa.
A imagem tem servido ao longo dos tempos enquanto exercício autônomo de criação mas simultaneamente para suportar a notícia, a reportagem, a crônica, a opinião, etc., etc..
Neste sentido, de acordo com alguns critério podemos definir a fotografia no contexto das mídias como:
Ø Prova documental – Se excluirmos as experiências de manipulação da imagem, a fotografia se torna prova de que um fato aconteceu, sendo assim registrado em filme fotográfico (uma das marcas fundamentais da história). A fotografia assume-se como documento, tornando-se indispensavel na leitura dos fenómenos;
Ø Enfoque da notícia – Não existindo imagens neutras, a fotografia revela um determinado enfoque técnico e ideológico que orienta as leituras que se fazem dela. A fotografia contextualiza determinado facto de acordo com parâmetros de que a capturou. Assim, ela é reveladora de um olhar, devendo ter uma leitura relativizada;
Ø Ilustra a informação – As experiências foto-jornalísticas provam que o registro fotográfico vem ganhando terreno e certa autonomia dos meios de comunicação social. A fotografia surge como elemento complementar na paginação de um jornal. Ao ilustrar, a fotografia redobra o impacto da notícia, convocando os leitores de forma mais expressiva.
Ø Carga afetiva e dimensão simbólica – A fotografia está revestida de uma gigantesca carga afetiva, remetendo a sua expressão para um jogo simbólico de grande efeito social. Como o “11 de Setembro” ou o “Tsunami”
Quando se questiona a importância da imagem num meio de comunicação social a fotografia é apenas um dos componentes. A tradição secular da ilustração tem espaço garantido na imprensa de todo o mundo, traduzindo-se não só no desenho caricatural, mas também na reconstituição de acontecimentos não presenciados, logo não fotografados.
Atualmente assistimos à emergência de um novo gênero – a infografia. O suporte gráfico, na versão em papel, ou animado quando transportado para o on-line, constitui uma das experiências mais interessantes, do ponto de vista técnico (concepção) bem como da fruição dos conteúdos (público leitor). Propostas que surgiram na imprensa para explicar, numa atitude claramente pedagógica, os ataques terroristas em Nova Iorque ou o maremoto no sudeste asiático, são referências incontornáveis desta técnica de informação.
Para reforçar a legitimidade da informação, a fotografia é um instrumento com valor histórico, porem não se reduz à clássica expressão: “para mais tarde recordar”. O texto é o discurso fundamental da experiência jornalística, e a fotografia é a face visível que atesta a presença de um órgão de comunicação em determinado contexto e lhe reforça a capacidade de intervenção. Na maioria dos sites e portais, este aspecto apresenta lacunas muito significativas.
Referencia:
· A importância da imagem
· Análise e tematização da imagem fotográfica
